Nota de Pesar pelo falecimento de Ziraldo

A Badaró vem a público manifestar seu imenso pesar pelo falecimento do ilustrador e jornalista Ziraldo Alves Pinto, ou simplesmente Ziraldo, aos 92 anos, neste sábado (6 de abril).

Ziraldo integrou, durante o período da ditadura militar-empresarial, o jornal O Pasquim, uma das principais inspirações para a criação da Badaró. A chamada “patota do Pasquim” fazia franca oposição ao regime, por meio do humor gráfico. O próprio Ziraldo e outros membros chegaram a ser presos. A linguagem textual e a presença marcante de quadrinhos, colagens e charges fez do Pasquim um marco na imprensa brasileira. 

Engajado politicamente, Ziraldo utilizou sua arte para expressar posições de esquerda e em favor da soberania nacional. Pessoalmente, foi ativo na vida política. Em 2018, por exemplo, mesmo internado fez questão de dizer em vídeo que votaria é que pedia votos em Fernando Haddad, então candidato do PT à Presidência, e que jamais votaria em Jair Bolsonaro, ao contrário do que diziam fake news à época.

Mesmo sua obra para o público infantil não fugiu à abordagem politizada. O Menino Maluquinho, sua criação mais destacada, exprime questionamentos ao capitalismo e à sociedade de consumo. Os livros “Flicts” e “O Menino Marrom” tratam da temática racial. Ziraldo tinha como poucos a habilidade de levar temas relevantes às crianças de forma cativante a elas. Além disso, jamais permitiu o uso de seus personagens para publicidade de grandes corporações.

A Badaró transmite sua solidariedade a familiares, amigos e fãs. Que a obra de Ziraldo siga inspirando novas gerações. 

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